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Quando a ignorância é a pior doença

Durante os séculos pudemos observar o quanto a ignorância é prejudicial à nossa sociedade. Milhares de mortes inocentes durante guerras, conflitos étnicos, religiosos destroçaram nosso planeta. A ganância, vaidade e desejo pelo poder esmagaram, dizimaram e eliminaram diversas civilizações, culturas e comunidades ao longo do tempo.

Na política a manutenção de uma população burra, ignorante e sem acesso à educação e à informação tornou, há centenas de anos, uma maneira fácil e barata de manter uma grande massa de manipulação eleitoral.

Deixando um pouco de lado a política e a religião, o campo da ciência vivencia problema semelhante. Enquanto os estudos da neurociência e da medicina evoluem intensamente nos diversos centros de pesquisa, principalmente nos Estados Unidos, Canadá e Europa, observamos o crescimento de “terapias alternativas”, isto é, pseudotratamentos sem comprovações científicas, que tentam desqualificar o trabalho sério e ludibriar a mesma população que um dia se rebelou contra Oswaldo Cruz na épica Revolta da vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, devido a uma lei federal que obrigava toda a população à vacinar-se contra a varíola.

Quando palestro em escolas costumo realizar uma analogia de dois casos clínicos freqüentes na medicina:

Fernandinha, 10 anos de idade estava com “dor de barriga” há duas semanas. Estava sofrendo muito, tendo inclusive faltado à escola. Sua mãe preocupada a levou a um gastroenterologista que diagnosticou um problema químico em seu estômago, uma gastrite e prontamente prescreveu omeprazol. Fernandinha iniciou tratamento, estabilizou seu problema químico estomacal e está feliz e contente.

Enquanto isso, João, 8 anos de idade, apresentava problemas de relacionamento social com familiares, péssimo rendimento escolar e prejuízos na relação com colegas de sala de aula. Estava sofrendo muito, assim como sua mãe, entretanto não buscou tratamento. João apresentava um problema químico, assim como Fernandinha, mas esse problema químico afetava outro órgão. Não era o estômago, mas o cérebro. Por que Fernandinha pode se beneficiar de uma medicação que alterasse o problema químico de seu estômago e melhorasse, enquanto João não?

Será justo o preconceito, a ignorância e o medo de sua sociedade excluir do tratamento médico correto essa criança? Aliás, esse foi o principal motivo que me estimulou a escrever Transtornos comportamentais na infância e adolescência, um livro específico para pais, professores e profissionais da saúde e educação, na tentativa de difundir informação médico-científica utilizando uma linguagem simples e fácil, tendo o objetivo de assim, diminuir preconceitos e ajudar com que crianças e adolescentes se beneficiem de um tratamento médico correto.

A luz da ciência não pode sucumbir à escuridão e mazelas da ignorância. A pior doença que pode existir é essa ignorância. Ela emperra o desenvolvimento econômico, sócio-cultural e tecnológico de uma sociedade. Milhões de reais são gastos com tratamentos tardios, quando a prevenção e intervenção precoce em saúde mental infantil poderiam ajudar a diminuir o sofrimento e os prejuízos acadêmicos e sociais de milhares de crianças e adolescentes.

Dr. Gustavo Teixeira

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